Jaime Barbosa
A minha experiencia de Juvenista
Muitos perguntam se hoje em dia tem sentido ser juvenista. Desde a minha experiência de dois anos no juvenato posso dizer em primeira pessoa que sim, o juvenato no século XXI tem todo sentido (mas não podemos cair no erro de querer um juvenato igual ao que havia há vinte ou trinta anos).
Desde muito cedo que quis entrar no juvenato, porque, quando participava nos encontros da MarCha, via que havia algo de especial na maneira como viviam naquela casa. É verdade que viver com a família é muito importante. Mas também é verdade que aos 16 anos já temos maturidade suficiente para saber minimamente o que queremos da nossa vida e que opções de vida queremos seguir. Deixar a casa dos pais aos 15 ou 16 anos não causa nenhum tipo de trauma, como é óbvio.
Para mim o juvenato foi um lugar de encontro e um lugar de confirmação. Encontrei-me com a surpresa do espírito de família e de simplicidade dos Irmãos Maristas e com a vida de um homem: Marcelino Champagnat. Também encontrei uma excelente oportunidade para crescer humana e espiritualmente (principalmente na minha experiencia de encontro com Deus e de seguimento de Jesus). Encontrei-me com experiencias únicas que já não posso esquecer. Foi uma confirmação, porque aquilo que me movia a querer entrar no juvenato, cresceu no juvenato e, ao fim de dois anos, tinha a certeza de que queria continuar na vida marista.
Em Vouzela tive a oportunidade de conhecer pessoas magníficas que me deram muito do que sou hoje. Recordo com carinho o Ir. Rafael que faleceu durante o meu segundo ano de juvenato, um verdadeiro irmãozinho de Maria.
Depois do juvenato fui para Salamanca, para fazer o postulantado, mas fui com dois anos na “mochila” que foram uma ajuda imprescindível.
Agora estou no segundo ano do noviciado, a poucos meses da profissão como Irmão marista… No meu processo de crescimento o juvenato teve realmente muitíssima importância.
Jaime Barbosa