José Rui Pires
Devo confessar que antes de entrar no juvenato era um rapaz com medo, algo tímido e que, como uma amiga me costuma dizer, tive os meus anos negros, pois buscava o divertimento, a alegria e nada me satisfazia; mas quando chegava a Vouzela, e falava com os Irmãos e os juvenistas e estes partilhavam a sua experiência, eu sentia-me contagiado pela sua felicidade e entusiasmo. Até que um dia me perguntaram se queria fazer a experiência de juvenato e, sem hesitar, aceitei desde o primeiro momento.
Não vou mentir! Nem tudo foi um “mar de rosas”, por vezes o coração apertava de saudades ou custou-me a aceitar as diferenças dos meus companheiros ou Irmãos, mas isso são pormenores comparados com o Espírito de família que habitava aquela casa e o coração de cada um.
O juvenato foi um marco na minha vida, uma experiência em que desenvolvi as minhas capacidades, relação com os outros, com o J.C., comigo mesmo e onde junto com outros jovens pude caminhar por um objectivo comum: descobrir a minha vocação, o que queria para a minha vida.
Se descobri? Tenho “umas luzes”!
Ao recordar tudo o que vivi nessa casa o coração bate com energia porque hoje outros jovens, outros juvenistas questionam o seu caminho. Juntos realizamos o sonho de Champagnat, conhecermos Jesus e Maria como autênticos amigos e cumprir o desejo de Deus, amarmo-nos uns aos outros como Ele nos amou.
Ei! Tu também podes experimentar e conto contigo para que juntos, tu e nós, continuemos esse sonho e caminhemos em busca das nossas metas, da nossa felicidade.